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Foram sete anos desde as primeiras conversas para a compra do terreno até o término da obra… Mas o projeto de paraíso sustentável na Bahia, da F2 Incorporadora e Construtora, não só saiu do papel como também foi considerado um dos dez mais inovadores do mundo, segundo a Saint Gobain, fabricante francesa de materiais de construção. A proposta venceu a etapa nacional e concorreu com outras 73 iniciativas de 27 países.
O Residencial Alma Maraú, na praia do Cassange, no sul da Bahia, ocupa um terreno de 40.000 m² de frente para o mar. A construção foi feita inteiramente por unidades modulares, montadas tal qual um “lego”, vindas de São Paulo, a mais de 2.000 quilômetros de distância da região. São 46 unidades, entre casas e apartamentos, com 2, 3 e 4 suítes. “Buscamos inspirações no mercado, mas construir 40 casas, em 24 meses, no sistema modular, num local sem estrutura, como Maraú, com estradas de terra e vários desafios, foi a primeira vez já realizado na América Latina”, explica François Rahme, CEO da F2.
Com investimento de R$ 50 milhões, o empreendimento foi criado para ter o mínimo de impacto ambiental. No local, a cerca de 250 quilômetros de Salvador, há um viveiro para preservar a vegetação local. As plantas nativas foram retiradas do ambiente durante as obras e replantadas após a finalização do empreendimento.
O sistema de esgoto é biodigestor, o que quer dizer que é inteiramente tratado pelo próprio condomínio, sem precisar da utilização de produtos químicos. Todo o lixo gerado tem a destinação correta e regulamentada. Há ainda um sistema de compostagem para o lixo orgânico. O projeto também resguarda o local de desova das tartarugas marinhas na praia.
Além do menor impacto ambiental, o projeto verde também garante benefícios para os moradores do residencial. “Há vantagens na manutenção com uma construção à seco, com fácil acesso às tubulações e instalações. Além de conforto termo-acústico no sistema steel frame. São benefícios de muito valor agregado e é até difícil de estimar. Quanto vale o bem estar?”, diz Rahme.
Segundo ele, todos os projetos da F2 Incorporadora pensam no legado que estão deixando à comunidade e ao meio ambiente. “É fundamental nossos projetos impactarem positivamente o ecossistema. Essa é a nossa inspiração todos os dias”, afirma Rahme.
Construtora mineira segue práticas ESG
A F2 adota a agenda ESG (Environmental, Social and Governance, na sigla em inglês), termo que vem ganhando notoriedade nos últimos anos, e compõe um conjunto de práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização. “O mundo mudou. Cuidar do mundo e retribuir de forma responsável através dos empreendimentos é fundamental. O consumidor, mesmo que de forma ainda ‘inconsciente’, sente que ele mesmo está fazendo o bem ao comprar um produto de uma empresa verdadeiramente sustentável”, explica o CEO da construtora.
Parte da receita com o condomínio do Residencial Alma Maraú será revertida para escolas da região, para capacitação profissional dos professores. E as cozinhas dos residenciais são hoje escolas do Instituto Capim Santo da chef Morena Leite. Os moradores ainda atuaram na construção e têm prioridade na ocupação das vagas para o funcionamento do empreendimento.
A F2 lançou um segundo condomínio, já em construção, com um ciclo de 3 anos. O modelo consiste num condomínio residencial com serviços e operação de hotelaria voltado à locação dos imóveis.
A empresa atua em Minas Gerais, São Paulo e na Bahia. Em Belo Horizonte, a F2 está incorporando e construindo a Casa Ferolla, um empreendimento que preserva uma casa centenária da família Ferolla e patrimônio histórico da cidade no bairro Santo Antônio. Entre 1° de julho e 15 de agosto será realizada a Casacor Minas no empreendimento. “Queremos impactar o máximo de pessoas com exemplos de desenvolvimento imobiliário com responsabilidade e valor agregado de verdade”, explica Rahme.
Jornal O Tempo
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