Após a aprovação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do projeto que prevê a prisão após condenação em segunda instância, nesta terça-feira (10), senadores destacaram que o avanço do texto é “uma resposta à vontade popular” e elogiaram a participação da presidente da CCJ, Simone Tebet (MDB-MS), na construção do acordo que possibilitou a votação do PLS 166/2018 nesta terça.
Autor do projeto original, Lasier Martins (Podemos-RS) afirmou que foi superada “uma apreensão que tomava conta dos brasileiros” depois da decisão do STF.
— Demos ouvidos aos milhões de brasileiros que foram às ruas — disse.
Para Jorge Kajuru (Cidadania-GO), a população tem que continuar pressionando para garantir que a antecipação do cumprimento da pena vire lei.
— Que a população brasileira continue a mostrar a sua cara. Que ela continue opinando pelas redes sociais.
Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) afirmou que vai “cobrar o tempo todo” para que esse projeto seja votado de forma urgente no Plenário.
— Não vamos admitir que a vontade a maioria seja despeitada. A senhora é líder, meus parabéns pelo excelente trabalho de condução — disse a Simone Tebet.
Alguns senadores acreditam que seja possível concluir a votação no Senado nesta semana e ver o texto aprovado na Câmara antes do final do ano, possibilitando que o presidente Jair Bolsonaro sancione a mudança ainda em 2019.
Major Olímpio (PSL-SP), por sua vez, afirmou que o Senado deu uma demonstração de grandeza inigualável. Ele parabenizou a presidente da CCJ pelo trabalho na construção do acordo e apontou que o projeto não afronta a proposta de emenda à Constituição sobre prisão na segunda instância que está em discussão na Câmara (PEC 199/2019).
— É emocionante poder fazer parte deste momento. O que parecia impossível acabou de acontecer. Gostaria de parabenizar vossa excelência pela grandeza e a capacidade de construção — disse.
Alvaro Dias (Podemos-PR) e Carlos Viana (PSD-MG) também parabenizaram a presidente da CCJ, que agradeceu o apoio, mas ressaltou que o acordo foi possível graças aos líderes partidários e o aval do presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
— Se não fosse o aval do presidente Davi Alcolumbre, não teríamos a data de hoje nem tampouco a data de amanhã para votar esse projeto — assinalou.
Fonte: Agência Senado
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